Somos mulheres que cresceram a ouvir as Mães, Avós e Tias a contarem histórias assustadoras sobre esta fase da vida. A menopausa continua a ser vista como um momento de não-retorno nas nossas vidas, discutida de forma discreta, questionada com algum pudor e receio. Afinal, uma coisa é sermos felizes na nossa pele cheia de vitalidade e outra é aprendermos a ser felizes numa pele com a qual não nos identificamos e que não reconhecemos ao espelho.

Com o final do ciclo reprodutor e a irregularidade da menstruação, há uma série de alterações físicas que podem ter um impacto na nossa auto-estima e na forma como nos vemos. Que linha será esta? Estava cá ontem? Porque é que o contorno do meu rosto parece menos firme? E a cintura mais larga? E porque é que tudo parece um pouco mais mole, um pouco mais quente, um pouco mais… velho?

A informação é a nossa melhor aliada, por isso, a verdade é relativamente simples: na menopausa, tudo parece um pouco mais velho porque estamos mesmo um pouco mais velhas. O nosso corpo pára de produzir o estrogéneo e o colagéneo que dão forma e vida à nossa pele. Podemos começar a dormir pior, o que é, por si só, um enorme fator de desequilíbrio. E o nosso cérebro está incrivelmente ocupado a recriar novas formas de estruturar o equilíbrio do nosso corpo, para compensar.

Assim, para sermos verdadeiramente felizes, o ideal é estarmos preparadas para lidar com as mudanças que aí vêm. Já sabemos que a hidratação é a nossa maior aliada quando falamos da nossa pele. Por isso, evitar o sol direto, usar sempre um protetor solar com SPF alto e escolher cremes com ingredientes ativos que cuidam e regeneram a pele madura são as nossas melhores armas. Em segundo lugar, vem outra grande aliada: a água. Beber água, muita água, favorecer alimentos saudáveis ricos em micro e macro nutrientes que beneficiam a nossa pele e mantermo-nos bem longe de bebidas alcoólicas vai ajudar-nos a manter uma pele mais tonificada por dentro e por fora.

O exercício físico diário pode ajudar a regular o sono, bem como a perda de densidade óssea que tão frequentemente marcam esta fase. E manter um contacto mais próximo com o nosso médico de família ou ginecologista pode ajudar a esclarecer e atenuar todos os outros sintomas. Em última análise, se calhar vamos deixar de sofrer com o ar condicionado gélido da empresa. E as recomendações de

saúde que evitam uma série de problemas são também perfeitos para lidar com a menopausa: uma alimentação saudável, muito exercício e aproveitar ao máximo o ar puro ajudam-nos a sentirmo-nos bem connosco, com as nossas escolhas e com o que nos rodeia.

E quando nos sentimos assim, não é uma ruga a mais que faz a diferença.