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Alimentação após os 50 por Prof. Isabel do Carmo

A Hidrolact convidou a Professora Isabel do Carmo, conceituada médica endocrinologista no nosso país, para falar sobre o tema da alimentação das mulheres depois dos 50. O objetivo é mostrar que é possível a mulher madura continuar feliz no seu corpo novo, sentir-se bem na sua própria pele e ter uma boa relação com a comida.

 

Alimentação após os 50’s

Depois dos 50 anos, as mulheres devem considerar dois aspectos:


1) A
s consequências da menopausa sobre a morfologia do corpo;
2) A prevenção das doenças crónicas na segunda metade da vida.

 

Na menopausa há uma mudança no corpo que se traduz em aumento da gordura à volta da cintura. É uma consequência fisiológica da alteração das hormonas. Muitas vezes diminui o volume das ancas e portanto há um aspecto mais “a direito”. Perante isto só há duas medidas possíveis: exercício físico e regime alimentar.

O exercício físico tem que ser o que a pessoa gosta e não qualquer outro muito especial a que vai por obrigação. O mais fácil é o das caminhadas, que deverão ser de pelo menos meia hora por dia. Quem tiver problemas articulares que dificultam o andar, o melhor é a natação ou a hidroginástica. Em casa, também pode fazer, mesmo sentada, movimentos de respiração e de braços com pequenos alteres ou garrafas de água cheias.

Em relação à alimentação depende de ter peso a mais ou não. Se tem peso excessivo deverá fazer um regime com cerca de 1200 kcalorias, o que pode obter com abolição de todos os doces, incluindo bolachas e sumos naturais e redução da gordura para cozinhar, mesmo que seja azeite. E não comer frutos secos que são hipercalóricos. Se o peso é saudável, as calorias diárias podem ir até 2.200. Em qualquer caso deve pôr vegetais no prato que ocupem metade da superfície. Está provado que os vegetais são necessários e preventivos de doenças vasculares e mesmo de problemas de humor.

Nessas idades, após a menopausa, chega fazer duas refeições de carne vermelha por semana. Aconselha-se também a comer mais peixe que carne. Nesta idade os fornecedores de cálcio são sobretudo os iogurtes e o queijo fresco. Neste caso deve haver uma atenção especial para as mulheres que têm osteoporose. Se há factores de risco para doenças cardiovasculares, seja hereditários, seja da própria (hipertensão, doença crónica) devem ser muito evitadas as gorduras, tais como os enchidos, os fritos, os salgadinhos e o queijo gordo. E fazer medicação se o colesterol estiver alto.

É necessário lembrar que aos 50 anos se está no início da segunda metade da vida e tem que haver uma atitude preventiva das doenças crónicas que se estabelecem dos 65 aos 80 anos e que muitas vezes não permitem autonomia.


Neste aspecto a perda de peso é importante para não haver uma sobrecarga das articulações. A fruta é indispensável, mas se houver peso excessivo não pode ir além de três peças por dia, porque toda a fruta tem frutose. As mais doces são as uvas, os figos e a manga. Quanto à pera abacate é a única que tem gordura e é muito calórica. As bebidas alcoólicas devem ser reservadas para os dias de festa.

Para concluir, passar dos 50 anos é a certeza de que o tempo corre rápido demais, mas, principalmente, que também é hora de aproveitar cada momento da vida. Por isso, para desfrutar desta fase de forma plena e saudável, é preciso estar atento aos hábitos do quotidiano e preparar um menu especial com as necessidades nutricionais específicas desta faixa etária.

 

Dra Isabel do Carmo
Médica Endocrinologista

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