Estou plenamente convicta de que a beleza é um estado de espírito. A certeza não nasceu comigo, mas tem vindo a amadurecer na minha própria pele desde há uma quantidade generosa de anos. Talvez Coco Chanel tenha razão quando diz que a beleza começa no momento em que decidimos ser nós próprias. Quando assumimos as virtudes e os defeitos, as curvas, as rugas e os traços que nos diferenciam e com os quais convivemos todas as manhãs ao espelho. A beleza também está nessa relação que criamos com todas essas linhas do corpo. Mais ou menos perfeitas. Sendo que criar relações é também cuidar.
Confesso que não tenho uma lista enorme de cuidados diários. Sou mais do tipo minimalista em questões de beleza: menos é mais. Creme de rosto, de olhos e anti-rugas são práticas diárias. Assim como o creme de corpo – quanto menos perfumado, melhor – e um creme especificamente para as pernas, a parte do corpo que, modéstia à parte, preservo com mais elegância. Os restantes rituais passam pela desmaquilhagem obrigatória ao fim do dia – uma imposição da minha maquilhadora de há 25 anos, a Carmela Montero, que me persegue com conselhos saudáveis de make-up, muito úteis, sobretudo quando os contextos profissionais, como é o meu caso, mal deixam a pele respirar. Também não esqueço o sol – pele bronzeada é muito bonita, mas cada vez mais prefiro manter-me resguardada e protegida dos excessos de radiação solar.
Resultado: Estou longe de ser a Sandra Bullock, que tem 56 anos, mas que não envelhece há 20. E também precisaria de correr muito para manter as rotinas de beleza da sempre fantástica Cindy Crawford, 55 anos. Até porque, consta que ela pratica, três vezes por semana, 20 minutos de corrida (seguidos de mais 30 de agachamentos, abdominais, etc). E eu, desde que descobri os efeitos extraordinários do yoga, confesso que tenho dado descanso aos meus ténis. Mas não escondo as curvas da idade.
Há uns tempos, quando publiquei uma foto em biquíni nas minhas redes sociais, fi-lo na verdade inspirada em Helen Mirren e Elizabeth Hurley, divas internacionais do empowerment das Grannies (o empoderamento das avozinhas). Duas mulheres que encorajam a ‘beleza sem idade’ e que insistem em envelhecer com a sua própria beleza e sem preconceitos. Na altura, a comunicação social referiu-se à boa forma que procuro manter. Mas foi só descontração de quem está confortável na sua própria pele. E isso acontece quando descobrimos que Coco tinha razão.
Júlia Pinheiro,
Apresentadora de Televisão
Gostei!
🙂 Obrigado pelo seu comentário
Magnifica Luminosa.Confiante.Mulher.De bem com a vida
Gostei e concordo que a beleza está no estado de espírito e onde a vemos!
A Miss Coco Chanel tinha razão!
Obrigado pelo seu comentário 🙂
É mesmo assim grande senhora beijos 😘
A idade está na nossa cabeça!
Concordamos consigo 🙂
Obrigado pelo seu comentário.
Adorei ❤
Muito interessante, e estou totalmente de acordo. A idade somos nós que a fazemos, é um estado de espírito e não define quem somos!